"A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano." (Papa João Paulo II)

domingo, 19 de dezembro de 2010

“Seja contra mulheres, crianças, homens, idosos, indivíduos de diferentes grupos religiosos ou orientações sexuais, a violência é sempre uma violação dos direitos humanos.”



A concentração sugerida nesse Blog incidiu na observação dos acontecimentos violentos, segundo uma perspectiva que ultrapasse as limitações encontradas em uma análise meramente, criminal e criminológica, todavia, com um enfoque mais antropológico, que favoreça o estudo da violência enquanto elemento cultural e ideológico, que contribui na construção e mutação de novos contextos sociais.
Frequentemente nos meios de comunicação, infelizmente a violência tem sido um foco privilegiado nas “manchetes”, isso decorre da constatação que aquilo que se tem classificado como violento alastrou-se, diversificou-se, exageradamente, sendo assim a diversidade dessas práticas violentas que se verifica na atualidade, bem como, sua ativação quantitativa e qualitativa, as quais têm sido alvo de nossos estudos e acaloradas discussões em nosso curso GDE, o qual está em busca de elementos teóricos que explicitem tal crescimento e que contribuam na elaboração de políticas públicas visando seu controle como podemos presenciar através da mídia nos últimos dias.
A violência é uma forma de exercer controle ou poder sobre outra pessoa.
A violência acontece quando alguém abusa de uma situação de poder.



A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados por feministas, gays e lésbicas. No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de mulheres, porém poucos estudos educacionais acerca do tema da diversidade sexual. Essa ausência na educação, provavelmente, tem como causa a predominância de proposições essencialistas e excludentes nos conceitos utilizados para pensar identidades sexuais e de gênero. Nosso Curso GDE preocupa-se com a busca de gênero na formação docente, a análise crítica de representações sexuais e de gênero produzidas pela mídia e a experimentação de novas formas de linguagem que possam desconstruir estruturas identitárias binárias e excludentes, como homem-mulher e heterossexual-homossexual, produzidas pelo discurso educacional. Sabemos que gênero refere-se não exatamente à homens e mulheres mas as relações entre os dois sexos. Enfim, o conceito de gênero é, antes de tudo, uma construção histórica e social, cujas referências partem das representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica de sexo. Se partirmos dessa premissa, podemos concluir que: se levarmos em conta que o feminino e o masculino são determinados pela cultura e pela sociedade, as diferenças que se transformaram em desigualdades são, portanto, passíveis de mudança. Se fatores biológicos produzem ou não diferenças no cérebro ou corpo de mulheres e homens, o meio social age fortemente nos dois sexos e o conceito de gênero se refere à essa ação e às relações que ela gera entre homens e mulheres e não, propriamente, à identidade estática associada ao sexo masculino ou feminino. Esse conceito chama atenção para os processos culturais, sociais, políticos e morais que atribuem valores a essas ralações, frequentemente designando mulheres a uma posição subalterna. Como uma diferença socialmente estruturante, gênero não forma grupos sem diferenciação interna nem é gênero a única diferença que estrutura inequidades sociais. A lente de gênero reconhece e incorpora diversas e múltiplas diferenças estruturantes que modelam sociedades pelo mundo afora. Várias diferenças de classe social, raça, etnia, geografia, identidade sexual, geração e habilidade, entre outras, em interação com gênero constituem e são também reproduzidas em relações sociais determinando injustiças e exclusões. A meta de eqüidade social, portanto, necessariamente implica na tentativa de melhorar a situação de desvantagem gerada pelas diversas diferenças socialmente estruturantes. Sabemos que, o preconceito e a discriminação se tornam, de uma certa forma, interessantes, pois mostram que, por muitas vezes, o ser humano age de formas que nem ele mesmo consegue explicar. Ele tem noção de que isto ou aquilo não é “certo” ou “correto” mas só porque ouviu falar, mas não sabe, ao certo, o porquê do correto ou incorreto. É importante lembrar que devemos conhecer o tudo, acreditar no pouco e criticar a verdade. Abrir a mente para o conhecimento, crer no que nos convém e criticar o que conhecemos e temos argumentos para tal.

Beijos a todos e viva a DIVERSIDADE!!!!